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Uma decisão profissional

  • Foto do escritor: Ana Vitoria
    Ana Vitoria
  • 22 de mai. de 2017
  • 2 min de leitura

Uma sessão leve, em que as cartas mostraram com clareza a energia deste homem na situação que mais o preocupa. Inteligente, irrequieto, com os olhos discretamente atentos a todos os meus movimentos, falou um pouco do seu percurso e das áreas em que se movimenta, tanto a nível profissional como pessoal. Neste momento da sua vida era confrontado com uma decisão profissional. Anseia por avançar mas está dominado, ou melhor, bloqueado pelo medo. O receio de tomar uma decisão errada, de sair da zona de conforto, de avançar para algo que julga ser incerto e deixar para trás uma circunstância profissional confortável mas esgotada e que já não lhe traz satisfação. Por outro lado, o facto de exercer uma cargo de chefia tornava esta decisão mais difícil.

Cartas positivas mostraram acção, força, equilíbrio e determinação para avançar, apenas com a necessidade de limar algumas arestas. A Lua mostrava um foco pouco claro em que a ilusão poderia ser um obstáculo. A carta de resolução neste lançamento podia também ser algo problemática - o Pendurado deixava a indicação clara de que os obstáculos vinham de dentro. Como chave para ultrapassar a situação, o Imperador - só consegue o que quer quando quer, quando resolve fazer um esforço.

O que mais me surpreendeu nesta leitura foi a forma como este homem teve dificuldade em aceitar indicações positivas. Um homem bastante consciente de si mesmo, cujo discurso fluía até ao ponto de mencionar a tal decisão... aí começavam as questões, os "se" e os "mas", a mente inquieta que o faz duvidar de tudo, para não sair da zona de conforto.

Com o Pendurado e o Imperador sempre à espreita, a conversa foi avançando mas a dada altura percebi que qualquer indicação ou resposta da minha parte era simplesmente inútil.

Cartas de paus coroadas com a carta do Diabo foram para mim indicadores de bom momento para avançar, com garra e equilíbrio. Mas para ele, o foco continuava a ser o dilema... e focado numa indecisão tão cega, pouco ouvia das minhas indicações, colocando sempre um "mas", tentando de alguma forma induzir-me para lhe falar de possíveis obstáculos.

É isto que muitas vezes acontece, quando o medo domina. Deixamos de acreditar que é possível, que as coisas boas e positivas podem estar no nosso caminho e que as nossas decisões podem ter um final feliz.

Um dia perguntei ao meu mais querido mestre de Tarot - Nei Naiff, até que ponto é correcto ou ético, numa leitura, dar ao consulente uma indicação clara sobre o que deve fazer. Ele respondeu com tranquilidade: "- Querida, diga o que disser, a pessoa vai sempre fazer aquilo que ela já tem em mente antes de ir ao Tarot."

No caso deste homem, eu disse-lhe claramente para avançar, que era um bom momento e que tinha tudo a seu favor. Perante a reacção dele, confirmei o que a experiência do Mestre me respondeu naquele dia. Este homem tinha tudo na mão mas continuava à procura de obstáculos que só existiam dentro dele mesmo.


 
 
 

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